2º ano A, 2º ano B
Meio
ambiente desenvolvimento e preservação
Um dos maiores desafios da atualidade é a preservação do ambiente terrestre, tão abalado pelo grande aumento da população humana e o mau uso dos recursos naturais. O advento da industrialização propiciou um maior domínio do homem sobre a natureza para gerar mercadorias, e em nome da produtividade permitiu-se o uso predatório dos recursos naturais. Além disso, a valorização do ter em detrimento do ser gerou o consumismo desenfreado transformando em insustentável o modelo de desenvolvimento baseado na destruição dos ecossistemas sem qualquer preocupação em assegurar a convivência democrática, sustentável e com justa distribuição de seus recursos entre todos.
O desmatamento, a destruição da camada de ozônio, acidentes
nucleares, desertificação, poluição atmosférica, consumo desenfreado de
matérias-primas, de energia e a geração de dejetos são algumas das questões a
serem resolvidas por cada uma das nações do mundo, que hoje convivem com a
poluição e a miséria, principalmente os países mais pobres. Assim, surge a
necessidade de estabelecer limites à ação humana para evitar a sua
autodestruição. Faz-se necessário disseminar uma nova relação entre os homens e
a natureza que privilegie a qualidade de vida juntamente com um desenvolvimento
sustentável capaz de gerar uma sadia qualidade de vida para a atual e para as
gerações futuras. Em razão disso é inadiável buscar formas de educar, que
provoquem mudanças de atitudes.
Como ensina LEONARDO BOFF (1999, p. 134), “para
cuidar do planeta precisamos todos passar por uma alfabetização ecológica e
rever nossos hábitos de consumo. Importa desenvolver uma ética do cuidado.” E o
ensino formal pode contribuir na reformulação dos comportamentos, das atitudes
e na formação de valores à medida que se tornar um fórum de discussão das
questões que envolvem a responsabilidade individual e coletiva na problemática
ambiental. Em razão de a educação ambiental estar diretamente ligada ao modo de
vida das pessoas, como vivem e convivem em sociedade, é necessário que o
ambiente onde se vive seja percebido em sua totalidade, suas características e
seus problemas, buscando conscientizar o educando de seu papel na sociedade,
privilegiando a solidariedade, a partilha e o respeito.
O tema transversal ‘Meio Ambiente’ não deve reduzir-se aos temas Ambiente e Vida, mas aferir as relações entre estes e os fatores políticos, econômicos, históricos e sociais, possibilitando questionamentos acerca do desenvolvimento sustentado e bem-estar social. Logo, todas as áreas de ensino devem enriquecer o diálogo visando a transformação de práticas sociais. Trabalhar de forma transversal.
A partir da década de 70 com a revolução verde a
produção agrícola a ocupar locais antes considerados impróprios para cultivar a
monocultura, dependendo das condições do relevo e do solo onde era difícil o
desenvolvimento agrícola. Porém com o surgimento de novas máquinas e técnicas,
a microrregião do sudoeste goiano, tornou-se atrativa pelas características geomorfológicas e
pedogenéticas e o avanço da produção agrícola ocorreu rapidamente sem nenhuma
preocupação ambiental.
Referência Bibliográfica
MARTINS, Leidiane Maria S. M. Educação Ambiental: uma perspectiva transdisciplinar no ensino superior. In: II Simpósio sobre Educação Ambiental e Transdisciplinaridade, 2011, Goiânia. II SEAT, 2011
Atividade Avaliativa 1
1) Com referência no texto acima e vídeo, elabore um resumo fazendo uma abordagem dos parâmetros desenvolvimento sócioeconômico e meio ambiente.
Meio
ambiente, desenvolvimento e preservação
· Recursos naturais
São
elementos existentes na natureza, os quais o ser humano explora a fim de
produzir os bens de que precisa ou de que faz uso. Os recursos naturais, por
sua própria natureza, existem independentemente da ação humana e não estão
disponíveis de acordo com o livre-arbítrio de quem quer que seja.
Recursos
naturais renováveis – são aqueles que podem ser repostos ou recriados
(renovados) pela natureza em um período de tempo relativamente curto, desde que
utilizado de maneira racional. Entre esses recursos estão as florestas, solos e
fontes hídricas (rios, lagos, oceanos).
Recursos
naturais não renováveis – são aqueles que não podem ser repostos pela sociedade
e que levam milhões de anos para serem repostos pela natureza. Os minerais,
como bauxita, ferro, ouro, e os combustíveis fósseis, como o petróleo, são
exemplos de recursos que vão se esgotando à medida que são extraídos da
natureza.
· O capitalismo e a natureza
Com o
advento da sociedade industrial e o desenvolvimento científico e tecnológico
voltado para o aumento crescente da produção, arraigou-se na sociedade
capitalista a ideia da natureza como fornecedora de recursos econômicos, vistos
como bens que podem ser explorados a fim de gerar riquezas e lucros. Com essa
mentalidade estritamente econômica, a natureza passou a ser tratada como um
simples estoque de matérias-primas, fonte inesgotável de recursos necessários
para sustentar e garantir a própria reprodução do modo de produção.
· O capital natural
O capital
natural compreende todos os conhecidos recursos usados pela humanidade: a água,
os minérios, o petróleo, as árvores, os peixes, o solo, o ar etc. Mas também
abrange sistemas vivos, os quais incluem os pastos, as savanas, os mangues, os
estuários, os oceanos, os recifes de coral, as áreas ribeirinhas, as tundras e
as florestas tropicais
· Relação consumo – consumismo – degradação
dos recursos naturais
A cultura
do consumo, que se coloca como condição básica para a manutenção do mercado,
depende do aumento da produção, o que, por sua vez, aumenta a pressão sobre os
recursos naturais, acarretando os mais variados impactos e problemas
ambientais. Ou seja, quanto maior for o consumo de nossa sociedade, em expansão
pelo estímulo ao consumo realizado pela indústria da publicidade, as promoções
(consumismo), maior será a exploração dos recursos naturais para atender a essa
crescente demanda.
· Estimulação do consumo pelos
estabelecimentos comerciais
Na disputa
pelo domínio de fatias cada vez maiores do mercado, os segmentos produtivos
utilizam inúmeros mecanismos e estratégias de venda. Os estabelecimentos
comerciais apostam na realização de promoções e liquidações, formas de
pagamento facilitadas, como financiamentos e parcelamentos em cartões de
crédito. As instituições financeiras oferecem linhas de crédito que induzem ao
consumismo e ao endividamento individual.
· Consequências da crise ambiental
Recursos
hídricos – os recursos hídricos estão sendo seriamente afetados, por exemplo,
com a construção de usinas hidrelétricas no curso dos rios, tem sido alterado o
fluxo natural das águas fluviais, interferindo no ciclo de cheias e vazantes e
afetando diretamente o processo de procriação dos peixes na época da piracema.
A fauna e flora fluvial e lacustre também são afetadas pela poluição das fontes
hídricas, provocada por esgotos domésticos e industriais e pelos resíduos
químicos aplicados nas lavouras. Os oceanos por sua vez, são afetados pela
poluição e pelo lixo lançado de maneira indiscriminada em várias regiões do
planeta e também pela pesca predatória, prática que tem provocado o
desequilíbrio dos ecossistemas marinhos. A captura excessiva de peixes e de
crustáceos vem diminuindo muito a população de certas espécies.
Atividade
mineradora – o avanço da atividade mineradora em grande escala tem aumentado
enormemente a exploração de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão
mineral, e também de minerais, como o ferro, a bauxita, o níquel e o manganês.
Como a disponibilidade desses recursos é limitada, alguns estudos apontam que
muitos deles poderão se tornar escassos ao longo das próximas décadas caso seja
mantido esse ritmo de exploração.
· Conferências do meio ambiente
Estocolmo
(1972) – Foram discutidas questões como o controle da poluição do ar, a
proteção dos recursos marinhos, a preservação e o uso dos recursos naturais.
Rio de
Janeiro (ECO-92 – 1992) – Além de reafirmar a importância do desenvolvimento
sustentável, como meta para conciliar o crescimento econômico, com justiça
social e conservação ambiental, o encontro contribuiu para ampliar a
conscientização sobre os problemas ambientais, fortalecendo ainda mais os
movimentos ambientalistas e ecológicos.
Johanesburgo
(2002) – Além das questões relacionadas à conservação ambiental, também foram
discutidas temáticas em âmbito social, como a meta da redução do número de
pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza.
Rio de
Janeiro (RIO+20 – 2012) – foi realizado um balanço do que foi efetivamente
realizado nos últimos vinte anos sobre as questões ambientais, em especial as
estratégias mais eficientes para se promover a sustentabilidade ambiental e
também para se combater e eliminar a pobreza extrema do mundo.
· Os movimentos ecológicos
Ao atuarem
em inúmeras frentes, como na proteção de florestas e outros ecossistemas, em
defesa de espécies ameaçadas de extinção, na preservação do patrimônio natural
e na denúncia de crimes ambientais, os movimentos ecológicos têm pressionado
muitos governos e setores da sociedade a assumirem compromisso cada vez maior
em relação às questões de ordem ambiental.
· Desenvolvimento sustentável
Não existe
uma única visão do que seja o desenvolvimento sustentável.
Para
alguns, alcançar o desenvolvimento sustentável é obter o crescimento econômico
contínuo através de um manejo mais racional dos recursos naturais e da
utilização tecnologias mais eficientes e menos poluentes.
Para
outros, o desenvolvimento sustentável é antes de tudo um projeto social e
político destinado a erradicar a pobreza, elevar a qualidade de vida e
satisfazes às necessidades básicas da humanidade, que oferece os princípios e
as orientações para o desenvolvimento harmônico da sociedade, considerando a
apropriação e a transformação sustentável dos recursos ambientais.
· Uma sociedade ambientalmente sustentável.
No âmbito
da governança, será preciso que os governos se empenhem na realização de ações
concretas, voltadas para a amenização dos impactos ambientais, promovendo a
adequação de suas legislações e a fiscalização mais efetiva dos crimes
ambientais e priorizando projetos ambientalmente sustentáveis, além de se
empenharem na realização de campanhas capazes de disseminar a conscientização
ecológica.
No âmbito
da iniciativa privada, será preciso que o setor empresarial invista no
desenvolvimento de tecnologias limpas, mais eficientes e menos poluidoras, como
forma de minimizar os impactos ambientais.
A
construção de uma sociedade sustentável também depende diretamente da
participação consciente dos cidadãos. Isso depende, pois, de atitudes mais
ativas, tanto nas discussões políticas que cobrem das autoridades competentes a
solução para os problemas ambientais, quanto na adoção de atitudes que sejam
compatíveis com a preservação dos recursos naturais, como a revisão de hábitos
consumistas, por exemplo.
Referência Bibliográfica
MARTINEZ, Rogério, VIDAL, Wanessa Pires
Garcia. Novo olhar: geografia, volume 3: 1.ed. São Paulo: FTD, 2013.
ATIVIDADES AVALIATIVAS 2
1 - O tema transversal Meio Ambiente não deve reduzir-se aos temas Meio Ambiente e vida mas aferir as relações entre fatores. Quais são esses fatores?
2 - Qual foi a influência da Revolução Verde ?
3 - O que são recursos naturais?
4 - O que ficou estabelecido pela Conferência Rio + 20?
5 - Qual o conceito de Desenvolvimento Sustentável?
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