8º ano A
Olá, no início estaremos fazendo uma pequena revisão pra darmos sequência nos conteúdos. A Geografia é uma ciência da área de humanas, alguns conteúdos são teóricos exirgindo uma leitura com análise de dados. Estarei sempre a disposição pra esclarecer dúvidas.
Bom estudo,
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNIDAL E DESLOCAMENTOS POPULACIONAIS
Para a compreensão do
crescimento da população mundial é necessário uma análise estatística através
de dados demográficos encontrados, por exemplo, em censos demográficos, como os
realizados de 10 em 10 anos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) no Brasil. Acrescenta-se a isso umas análises históricas e
geográficas das sociedades. Após esse conjunto de procedimentos, é possível
identificar e compreender os padrões de crescimento da população, estes
associados, por exemplo, à queda da mortalidade, ao aumento da expectativa de
vida e outros.
Atualmente existem 7 bilhões
de pessoas no mundo e uma diversidade de idiomas, culturas, tradições, etnias,
religiões e outros, contudo verifica-se que o ritmo de crescimento populacional
vem diminuindo a cada ano. Este crescimento é medido através do chamado
crescimento vegetativo que consiste na diferença entre a natalidade e a
mortalidade e geralmente é expresso em porcentagem. Ele é considerado positivo
quando o número de nascimentos é maior do que o número de mortes; por outro
lado, ele é considerado negativo quando o número de mortes supera o número de
nascimentos.
Em termos de distribuição,
pode-se afirmar que a densidade demográfica mundial – número de habitantes por
quilômetro quadrado – é concentrada e desigual, isto porque a maior parte da
população mundial está concentrada no continente asiático (60% da população
mundial encontra-se na Ásia).
País
populoso X País povoado
O conceito de país populoso está relacionado à população absoluta de um
território que consiste no total de habitantes de um território qualquer e que
é contada a partir de pesquisas diretas com a população e projeções. Sendo
assim, quando a população absoluta é bastante expressiva fala-se em país
populoso, cidade populosa, entre outros.
Já o conceito de país povoado está associado à população relativa ou à
densidade demográfica. Trata-se do número de habitantes por quilômetro quadrado
de um território, ou seja, é a divisão da população absoluta de um território
pela área deste mesmo território.
Um exemplo destes conceitos é o Brasil que possui uma população absoluta
de, aproximadamente, 200 milhões de habitantes e uma área de, aproximadamente,
8,5 milhões de quilômetros quadrados. Sendo assim, a sua densidade demográfica
é em torno de 23,5 habitantes por quilômetro quadrado (200 milhões de pessoas
dividido por 8,5 milhões de quilômetros quadrados é igual a 23,5).
Assim pode-se afirmar que o Brasil é um país populoso e pouco povoado,
pois possui uma grande população absoluta e uma pequena densidade demográfica.
Estrutura da
população
A estrutura da população refere-se as
transformações no padrão de crescimento de uma determinada população.
Acredita-se que a passagem de uma sociedade pré-industrial para uma sociedade
pós-industrial passou por 4 diferentes padrões de estrutura populacional, estes
chamados de etapas da transição demográfica e expressos através de um gráfico
conhecido como pirâmide etária.
Na primeira fase da transição demográfica o
crescimento vegetativo foi pequeno, isto porque, apesar de haver uma elevada
natalidade, a mortalidade era elevada devido à ausência de condições
sanitárias, ocorrência de guerras, epidemias entre outros.
Na segunda fase da transição demográfica os
avanços medicinais, como a produção de medicamentos e vacinas, e estruturais,
como a urbanização, coleta de lixo, saneamento básico e outros, foram
importantes para a redução da mortalidade e para a ocorrência do chamado “Baby
boom” ou explosão demográfica. Este momento
representou a passagem de uma sociedade rural para uma sociedade industrial e
foi um período de grande crescimento vegetativo.
Em um terceiro momento observou-se a queda da
natalidade devido, entre outros fatores, ao planejamento familiar, inserção da
mulher no mercado de trabalho e advento de métodos anticoncepcionais, e que
somados à baixa mortalidade levou a um crescimento vegetativo baixo.
Na quarta fase da transição demográfica a
natalidade e a mortalidade se estabilizaram em níveis muito baixos o que leva a
um baixíssimo crescimento vegetativo.
Há quem defenda a possibilidade de ocorrência de
uma quinta fase da transição demográfica em que o crescimento vegetativo seria
negativo devido aos altos custos de vida, pois, se nas populações rurais os
filhos participam no sustento da família como mão de obra na agricultura
familiar, nas populações urbano-industriais os filhos geram despesas. Já é
possível verificar países que vivenciam esta realidade, como a Alemanha e
Itália, e as consequências deste processo como, a diminuição da PEA – População
Economicamente Ativa –, a diminuição do mercado consumidor e a crise
previdenciária.
A China e a Europa: dois casos
distintos de baixo crescimento vegetativo
Quando o tema é população duas realidades
distintas e singulares merecem destaque, a China e a Europa. A China por
reduzir a natalidade a partir de uma política pública e países da Europa como a
Alemanha e Itália exemplos da redução natural da natalidade.
Um quinto da população mundial, aproximadamente
1,5 bilhões de pessoas, concentram-se na China. Por este e outros aspectos a
questão demográfica se tornou um grande desafio para o governo do país. A
redução da mortalidade associada à elevada natalidade resultou em um
crescimento vegetativo muito grande o que levou o governo chinês a adotar
medidas de controle de natalidade. A política mais conhecida é a política do
filho único surgida na década de 1970 segundo a qual os casais chineses
poderiam ter apenas um filho e que caso quisessem ter mais de um filho deveriam
pedir autorização ao governo.
Em outubro de 2015 o governo chinês revogou esta
política antinatalista e passou a permitir dois filhos por casal. Este
relaxamento do controle de natalidade deveu-se, entre outras coisas, ao
reconhecimento de necessidade de ajuste na política adotada após escândalos de
abortos, casos de infanticídio, abandono de crianças e queda da população em
idade ativa.
Já os baixos índices de natalidade do continente
europeu foram fruto de um processo natural, como a urbanização e o novo
posicionamento da mulher na sociedade, que associado à baixa mortalidade
acarretou em um crescimento vegetativo negativo, o que leva a um quadro de mais
idosos do que jovens e adultos e tem como desdobramento uma possível crise
previdenciária e sobrecarga da saúde pública.
Referência bibliográfica/sites
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-populacao-mundial.htm#resp-5, acesso em 18/03/2020
1) De acordo com dados
divulgados em 2009 pelo Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP), o planeta
Terra é habitado por 6,826 bilhões de pessoas. Essa população está distribuída
de forma desigual pelos continentes. Nesse sentido, marque a alternativa que
corresponde ao continente mais populoso.
a) África.
b) América.
c) Ásia.
d) Europa.
e) América do Norte.
2) Sobre os aspectos da população
mundial marque (V) para as alternativas verdadeiras e (F) para as falsas.
a) ( ) O continente africano possui elevadas taxas
de crescimento populacional, entretanto, seu contingente só não é maior em
razão das baixas taxas de expectativa de vida.
b) ( ) O crescimento
vegetativo da população latino-americana é, de uma maneira geral, muito baixo,
pois as taxas de mortalidade infantil são elevadíssimas.
c) ( )O rápido crescimento
populacional intensifica os problemas ambientais de um determinado local.
d) ( ) A população da Europa tem aumentado a cada
ano, consequência da elevada expectativa de vida e das altas taxas de
natalidade.
e) ( ) Quanto maior o
nível de desenvolvimento de um país, maior é a expectativa de vida de seus
habitantes.
3) UFRR) O envelhecimento da
população está mudando radicalmente as características da população da Europa,
onde o número de pessoas com mais de 60 anos deverá chegar, nas próximas
décadas, a 30% da população total. Graças aos avanços da medicina e da ciência,
a população está cada vez mais velha. Isso ocorre em função do:
a) Declínio da taxa de natalidade e aumento da longevidade.
b) Aumento da natalidade e diminuição da longevidade.
c) Crescimento vegetativo e aumento da taxa de natalidade
.
d) Aumento da longevidade e do crescimento vegetativo.
4) A distribuição populacional
não ocorre de forma homogênea. Esse fenômeno é constatado através das
disparidades nos números de habitantes de diferentes continentes, países,
regiões, estados e cidades. Indique a alternativa que corresponde ao país mais
populoso do planeta.
a) Estados Unidos.
b) China.
c) Índia.
d) Brasil.
e) Rússia.
Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais
Para a compreensão do
crescimento da população mundial é necessário uma análise estatística através
de dados demográficos encontrados, por exemplo, em censos demográficos, como os
realizados de 10 em 10 anos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) no Brasil. Acrescenta-se a isso umas análises históricas e
geográficas das sociedades. Após esse conjunto de procedimentos, é possível
identificar e compreender os padrões de crescimento da população, estes
associados, por exemplo, à queda da mortalidade, ao aumento da expectativa de
vida e outros.
Atualmente existem 7 bilhões
de pessoas no mundo e uma diversidade de idiomas, culturas, tradições, etnias,
religiões e outros, contudo verifica-se que o ritmo de crescimento populacional
vem diminuindo a cada ano. Este crescimento é medido através do chamado
crescimento vegetativo que consiste na diferença entre a natalidade e a
mortalidade e geralmente é expresso em porcentagem. Ele é considerado positivo
quando o número de nascimentos é maior do que o número de mortes; por outro
lado, ele é considerado negativo quando o número de mortes supera o número de
nascimentos.
Em termos de distribuição,
pode-se afirmar que a densidade demográfica mundial – número de habitantes por
quilômetro quadrado – é concentrada e desigual, isto porque a maior parte da
população mundial está concentrada no continente asiático (60% da população
mundial encontra-se na Ásia).
País
populoso X País povoado
O conceito de país populoso está relacionado à população absoluta de um
território que consiste no total de habitantes de um território qualquer e que
é contada a partir de pesquisas diretas com a população e projeções. Sendo
assim, quando a população absoluta é bastante expressiva fala-se em país
populoso, cidade populosa, entre outros.
Já o conceito de país povoado está associado à população relativa ou à
densidade demográfica. Trata-se do número de habitantes por quilômetro quadrado
de um território, ou seja, é a divisão da população absoluta de um território
pela área deste mesmo território.
Um exemplo destes conceitos é o Brasil que possui uma população absoluta
de, aproximadamente, 200 milhões de habitantes e uma área de, aproximadamente,
8,5 milhões de quilômetros quadrados. Sendo assim, a sua densidade demográfica
é em torno de 23,5 habitantes por quilômetro quadrado (200 milhões de pessoas
dividido por 8,5 milhões de quilômetros quadrados é igual a 23,5).
Assim pode-se afirmar que o Brasil é um país populoso e pouco povoado,
pois possui uma grande população absoluta e uma pequena densidade demográfica.
Estrutura da
população
A estrutura da população refere-se as
transformações no padrão de crescimento de uma determinada população.
Acredita-se que a passagem de uma sociedade pré-industrial para uma sociedade
pós-industrial passou por 4 diferentes padrões de estrutura populacional, estes
chamados de etapas da transição demográfica e expressos através de um gráfico
conhecido como pirâmide etária.
Na primeira fase da transição demográfica o
crescimento vegetativo foi pequeno, isto porque, apesar de haver uma elevada
natalidade, a mortalidade era elevada devido à ausência de condições
sanitárias, ocorrência de guerras, epidemias entre outros.
Na segunda fase da transição demográfica os
avanços medicinais, como a produção de medicamentos e vacinas, e estruturais,
como a urbanização, coleta de lixo, saneamento básico e outros, foram
importantes para a redução da mortalidade e para a ocorrência do chamado “Baby
boom” ou explosão demográfica. Este momento
representou a passagem de uma sociedade rural para uma sociedade industrial e
foi um período de grande crescimento vegetativo.
Em um terceiro momento observou-se a queda da
natalidade devido, entre outros fatores, ao planejamento familiar, inserção da
mulher no mercado de trabalho e advento de métodos anticoncepcionais, e que
somados à baixa mortalidade levou a um crescimento vegetativo baixo.
Na quarta fase da transição demográfica a
natalidade e a mortalidade se estabilizaram em níveis muito baixos o que leva a
um baixíssimo crescimento vegetativo.
Há quem defenda a possibilidade de ocorrência de
uma quinta fase da transição demográfica em que o crescimento vegetativo seria
negativo devido aos altos custos de vida, pois, se nas populações rurais os
filhos participam no sustento da família como mão de obra na agricultura
familiar, nas populações urbano-industriais os filhos geram despesas. Já é
possível verificar países que vivenciam esta realidade, como a Alemanha e Itália,
e as consequências deste processo como, a diminuição da PEA – População
Economicamente Ativa –, a diminuição do mercado consumidor e a crise
previdenciária.
A China e a Europa: Dois casos
distintos de baixo crescimento vegetativo
Quando o tema é população duas realidades
distintas e singulares merecem destaque, a China e a Europa. A China por
reduzir a natalidade a partir de uma política pública e países da Europa como a
Alemanha e Itália exemplos da redução natural da natalidade.
Um quinto da população mundial, aproximadamente
1,5 bilhões de pessoas, concentram-se na China. Por este e outros aspectos a
questão demográfica se tornou um grande desafio para o governo do país. A
redução da mortalidade associada à elevada natalidade resultou em um crescimento
vegetativo muito grande o que levou o governo chinês a adotar medidas de
controle de natalidade. A política mais conhecida é a política do filho único
surgida na década de 1970 segundo a qual os casais chineses poderiam ter apenas
um filho e que caso quisessem ter mais de um filho deveriam pedir autorização
ao governo.
Em outubro de 2015 o governo chinês revogou esta
política antinatalista e passou a permitir dois filhos por casal. Este
relaxamento do controle de natalidade deveu-se, entre outras coisas, ao
reconhecimento de necessidade de ajuste na política adotada após escândalos de
abortos, casos de infanticídio, abandono de crianças e queda da população em
idade ativa.
Já os baixos índices de natalidade do continente
europeu foram fruto de um processo natural, como a urbanização e o novo
posicionamento da mulher na sociedade, que associado à baixa mortalidade
acarretou em um crescimento vegetativo negativo, o que leva a um quadro de mais
idosos do que jovens e adultos e tem como desdobramento uma possível crise
previdenciária e sobrecarga da saúde pública.
1) De acordo com dados
divulgados em 2009 pelo Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP), o planeta
Terra é habitado por 6,826 bilhões de pessoas. Essa população está distribuída
de forma desigual pelos continentes. Nesse sentido, marque a alternativa que
corresponde ao continente mais populoso.
a) África.
b) América.
c) Ásia.
d) Europa.
e) América do Norte.
Resposta
Alternativa correta: letra “C”.
2)Sobre os aspectos da
população mundial marque (V) para as alternativas verdadeiras e (F) para as
falsas.
a) ( ) O continente
africano possui elevadas taxas de crescimento populacional, entretanto, seu
contingente só não é maior em razão das baixas taxas de expectativa de vida.
b) ( ) O crescimento
vegetativo da população latino-americana é, de uma maneira geral, muito baixo,
pois as taxas de mortalidade infantil são elevadíssimas.
c) ( )O rápido crescimento
populacional intensifica os problemas ambientais de um determinado local.
d)( ) A população da Europa tem aumentado a cada ano, consequência da elevada expectativa de vida e das altas taxas de natalidade.
d)( ) A população da Europa tem aumentado a cada ano, consequência da elevada expectativa de vida e das altas taxas de natalidade.
e) ( ) Quanto maior o
nível de desenvolvimento de um país, maior é a expectativa de vida de seus
habitantes.
RESPOSTA
a) Verdadeiro – Atualmente, o
continente africano possui a maior taxa de crescimento populacional: 2,3% ao
ano. Os países que integram esse continente apresentam as menores médias de
expectativa de vida, principalmente os países da África Subsaariana.
b) Falso – O crescimento vegetativo
da população da América Latina é considerado alto: 1,2% ao ano. As taxas de
mortalidade infantil nessa região têm apresentado melhoras, no entanto, em
alguns países, elas continuam altas. Porém, esse fato não compromete de forma
significativa o crescimento vegetativo da América Latina.
c) Verdadeiro – Os problemas
ambientais são agravados pelo rápido crescimento populacional, visto que o
aumento no número de pessoas habitando o planeta ocasiona o aumento da
exploração dos recursos naturais e, numa ótica capitalista, intensifica o
consumo.
d) Falso – Alguns países europeus têm apresentado taxas de crescimento populacional negativas. A expectativa de vida da população europeia está cada vez maior, entretanto, as taxas de natalidade estão em constante declínio.
d) Falso – Alguns países europeus têm apresentado taxas de crescimento populacional negativas. A expectativa de vida da população europeia está cada vez maior, entretanto, as taxas de natalidade estão em constante declínio.
e) Verdadeiro – O desenvolvimento de
um país interfere diretamente na qualidade de vida de seus habitantes,
refletindo na eficácia dos serviços de saúde, acesso a água tratada, rede de
esgoto, entre outros fatores.
3) UFRR) O envelhecimento da
população está mudando radicalmente as características da população da Europa,
onde o número de pessoas com mais de 60 anos deverá chegar, nas próximas
décadas, a 30% da população total. Graças aos avanços da medicina e da ciência,
a população está cada vez mais velha. Isso ocorre em função do:
a) Declínio da taxa de natalidade e aumento da longevidade.
b) Aumento da natalidade e diminuição da longevidade.
c) Crescimento vegetativo e aumento da taxa de natalidade.
d) Aumento da longevidade e do crescimento vegetativo.
e) Declínio da taxa de mortalidade e diminuição da longevidade.
RESPOSTA
Alternativa correta: letra “A”.
a) Verdadeiro –
O declínio da taxa de natalidade, aliado ao aumento da longevidade, promove uma
mudança na pirâmide etária, em que a população adulta passa a se tornar
maioria.
4) A distribuição populacional
não ocorre de forma homogênea. Esse fenômeno é constatado através das
disparidades nos números de habitantes de diferentes continentes, países,
regiões, estados e cidades. Indique a alternativa que corresponde ao país mais
populoso do planeta.
a) Estados Unidos.
b) China.
c) Índia.
d) Brasil.
e) Rússia.
Alternativa correta: letra “B”.
b) Verdadeiro – A China é a nação
que possui a maior concentração populacional do planeta: 1.345.750.973
habitantes.
Tipos de migração
Existem vários tipos de migração, que se relacionam com
elementos econômicos, sociais, culturais e até mesmo afetivos.
é o deslocamento de pessoas de uma
determinada cidade, estado ou país migração internacional para outro local. Essa
mudança pode ser definitiva ou temporária, voluntária ou forçada, individual ou
em grandes fluxos.
As pessoas migram pelos mais distintos motivos, desde
guerras, perseguição religiosa, conflitos étnicos, perseguição política e
ideológica ou simplesmente porque buscam condições melhores de vida em outra
localidade. Essas condições podem estar relacionadas com trabalho, estudo,
saúde, bem-estar, entre outros fatores, e são os maiores motivadores para as
migrações na atualidade.
Tipos de migração
· Migração
pendular: é
um fenômeno que não se trata propriamente de uma migração, pois é uma
transferência momentânea, diária. É caracterizada pelo deslocamento diário de pessoas
para estudar ou trabalhar em outra cidade, estado ou país. Ocorre comumente nas
regiões metropolitanas.
· Transumância: nesse tipo de migração, um grupo de pessoas muda de cidade, estado ou país
por um determinado período, geralmente alguns meses, e continua tendo como
referência de moradia o local de origem. É o caso de trabalhadores rurais que
vão todos os anos para outros estados trabalhar no corte de cana-de-açúcar, por
exemplo, e, encerrado o período de colheita, retornam para seus estados de origem.
· Êxodo rural é o deslocamento de pessoas do campo para as
cidades. Essa mudança é permanente e, geralmente, ocorre porque os habitantes
do campo buscam na cidade melhores condições de vida. Entretanto, essa migração
pode ser involuntária, quando acontece, por exemplo, em decorrência da mecanização do trabalho no campo.
· Êxodo
urbano: é mais
raro de acontecer, mas é o oposto do êxodo rural. Acontece quando pessoas que
vivem na zona urbana (cidades) mudam para a zona rural (campo).
· Nomadismo: apesar de ser muito rara na
atualidade, essa modalidade de migração é caracterizada pela ausência de
fixação permanente. As pessoas nômades mudam de lugar periodicamente e não
estabelecem moradia fixa em nenhum lugar.
· Diáspora: é a rápida dispersão de um grupo
populacional de um território. Em geral, essa migração é involuntária ou
forçada. Temos como exemplos mais expressivos a diáspora africana (ocorrida por
força da escravidão colonial) e a diáspora judaica (expulsão dos judeus da
Palestina pelo Império Romano).
As migrações, independentemente das classificações,
possuem papel preponderante na organização do espaço, nas relações sociais e na
construção da cultura. As pessoas, quando migram, carregam consigo todos os
elementos que a constituíram, como sua história, memória e cultura. Ao chegar
ao novo local de moradia, esses elementos interagem com a cultura e história
locais e daí surgem novos e ricos tipos de relações entre as pessoas e das
pessoas com o espaço vivido.
Migração interna no Brasil
Fatores de ordem econômica
são os principais expoentes para a ocorrência da migração interna no Brasil.
A Migração consiste no ato da
população deslocar-se espacialmente, ou seja, pode se referir à troca de país,
estado, região, município ou até de domicílio. As migrações podem ser
desencadeadas por fatores religiosos, psicológicos, sociais, econômicos,
políticos e ambientais.
A migração interna corresponde
ao deslocamento de pessoas dentro de um mesmo território, dessa forma pode ser
entre regiões, estados e municípios. Tal deslocamento não provoca modificações
no número total de habitantes de um país, porém, altera as regiões envolvidas
nesse processo.
No Brasil, um dos fatores que
exercem maior influência nos fluxos migratórios é o de ordem econômica, uma vez
que o modelo de produção capitalista cria espaços privilegiados para instalação
de indústrias, forçando indivíduos a se deslocarem de um lugar para outro em
busca de melhores condições de vida e à procura de emprego para suprir suas
necessidades básicas de sobrevivência.
Um modelo de migração muito comum
no Brasil, que se intensificou nas últimas cinco décadas, é o êxodo
rural, ou seja, a migração do campo para a cidade. O modelo econômico que
favorece os grandes latifundiários e a intensa mecanização das atividades
agrícolas tem como conseqüência a expulsão da população rural.
A região Sudeste do
Brasil, até o final do século XX, recebeu a maior quantidade de fluxos
migratórios do país, principalmente o estado de São Paulo, pelo fato de
fornecer maiores oportunidades de emprego em razão do processo de
industrialização desenvolvido.
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No entanto, nas últimas décadas,
as regiões Centro-Oeste e Norte têm sido bastante atrativas para os migrantes,
pois após a década de 1970, a estagnação econômica que atingiu e ainda atinge a
indústria brasileira afetou negativamente o nível de emprego nas grandes
cidades do Sudeste, gerando pouca procura de mão de obra, ocasionando a
retração desses fluxos migratórios. Assim, as regiões Norte e Centro-Oeste, que
já captavam alguma parcela desse movimento, tornaram-se destinos da migração
interna do Brasil.
As políticas públicas para a
ocupação do oeste brasileiro foram determinantes para esse redirecionamento dos
fluxos migratórios no Brasil. A construção de Brasília, os investimentos em
infraestrutura, novas fronteiras agrícolas, entre outros fatores, contribuíram
para essa nova distribuição.
O Sudeste continua captando boa
parte dos migrantes brasileiros. A região recebe muito mais gente do que perde.
O Centro-Oeste também recebe mais migrantes do que perde, sendo, atualmente, o
principal destino dos fluxos migratórios no Brasil. O Sul e o Norte são regiões
onde o volume de entrada e saída de migrantes é mais equilibrado. A Região
Nordeste tem recebido cada vez mais migrante, sendo a maioria proveniente do
Sudeste (retorno), porém, continua sendo a região que mais perde
população para as demais.
ATIVIDADES AVALIATIVAS
1 O deslocamento diário de pessoas
para estudar ou trabalhar em outra cidade, estado ou país não se trata
propriamente de uma migração, pois é uma transferência momentânea. Ocorre
comumente nas regiões metropolitanas.
A que movimento migratório refere-se o
fragmento acima?
a) nomadismo
b) transumância
c) diáspora
d) êxodo urbano
e) migração pendular
2 Sobre o êxodo rural, julgue
as proposições a seguir:
I) O êxodo rural é o deslocamento de
pessoas do campo para as cidades.
II) O êxodo rural é um movimento
migratório unicamente voluntário, sempre motivado pela vontade das pessoas que
migram.
III) Em geral, o êxodo rural ocorre
porque os habitantes do campo buscam na cidade melhores condições de vida.
IV) As pessoas que vivem no campo
optam por morar nas cidades para ter acesso a serviços de educação, saúde,
saneamento básico e lazer.
Estão corretas as alternativas:
a) II e III.
b) I, III e IV.
c) I, II e III.
d) Todas as alternativas.
e) Apenas a alternativa IV.
3 Acerca da transumância, estão
corretas as afirmativas a seguir, exceto:
a) No Brasil, esse deslocamento é
comum entre o Sertão Nordestino e a Zona da Mata.
b) É um movimento sazonal que é
determinado pelas estações do ano.
c) Nesse tipo de migração, um grupo de
pessoas muda de cidade, estado ou país permanentemente.
d) O deslocamento, em geral, dura
alguns meses, mas o migrante continua tendo como referência de moradia o local
de origem.
e) É o caso de trabalhadores rurais
que vão todos os anos para outros estados trabalhar no corte de cana-de-açúcar,
por exemplo, e, encerrado o período de colheita, retornam para seus estados de
origem.
4 O deslocamento expressivo de
habitantes da África ocorrido por força da escravidão colonial foi um tipo de
migração que se caracterizou pela rápida dispersão de um grupo populacional de
um território. Esse movimento migratório é conhecido como:
a) êxodo urbano
b) transumância
c) migração pendular.
d) diáspora
e) nomadismo
5 Como é caracterizado o processo de
migração? Destaque os principais motivos responsáveis por esse fenômeno no
Brasil.
6 No território brasileiro, uma
modalidade de migração muito comum é o êxodo rural. Caracterize esse processo e
aponte as suas conseqüências.
Neste século, durante as décadas de 60 e 70, a migração interna no
Brasil assumiu a direção campo-cidade. Entretanto, nas últimas décadas passou a
ganhar destaque a migração cidade-campo, num movimento cotidiano que envolve
milhares de trabalhadores.
Tendo em vista as duas modalidades de migração apresentadas, explique:
Tendo em vista as duas modalidades de migração apresentadas, explique:
a) dois fatores que promoveram (e ainda promovem) a migração
campo-cidade;
b) como se realiza a migração cidade-campo.
7 O Sudeste brasileiro foi durante
muitos anos a região brasileira que mais recebeu migrantes, no entanto, nas
últimas décadas esse cenário mudou, atualmente a região Centro-Oeste é o
principal destino para os fluxos migratórios. Essas regiões recebem migrantes
de várias partes do Brasil. O complexo regional brasileiro que é a principal
origem de emigrantes (que saem) é:
a) Sudeste
b) Centro-Oeste
c) Norte
d) Sul
e)
Nordeste
8 Migrações pendulares são:
a)
movimentos da população rural em direção aos grandes centros urbanos.
b)
deslocamento maciço de populações urbanas em direção ao campo.
c)
movimentos ligados a atividades pastoris.
d) movimentos
diários de trabalhadores entre o local de residência e o local de trabalho.
e) troca
de imigrantes entre as grandes regiões.
9 A região que forneceu o maior
contingente de colos-imigrantes para a ocupação da fronteira agrícola, no Mato
Grosso, Rondônia e Acre, durante os anos 70 e 80, foi a:
a) Norte
b)
Nordeste
c)
Centro-Oeste
d) Sul
e)
Sudeste
FRANCISCO, Wagner de Cerqueria e. "Migração interna no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/migracao-interna-no-brasil.htm. Acesso em 21 de março de 2020.
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