sábado, 21 de março de 2020

8º ano A - Distribuição da população mundial e deslocamento populacionais - Tipos de migração


8º ano A 

Olá, no início estaremos fazendo uma pequena revisão pra darmos sequência nos conteúdos. A Geografia é uma ciência da área de humanas, alguns conteúdos são teóricos exirgindo uma leitura com análise de dados. Estarei sempre a disposição pra esclarecer dúvidas. 
Bom estudo,



DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNIDAL E DESLOCAMENTOS POPULACIONAIS


Para a compreensão do crescimento da população mundial é necessário uma análise estatística através de dados demográficos encontrados, por exemplo, em censos demográficos, como os realizados de 10 em 10 anos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Brasil. Acrescenta-se a isso umas análises históricas e geográficas das sociedades. Após esse conjunto de procedimentos, é possível identificar e compreender os padrões de crescimento da população, estes associados, por exemplo, à queda da mortalidade, ao aumento da expectativa de vida e outros.
Atualmente existem 7 bilhões de pessoas no mundo e uma diversidade de idiomas, culturas, tradições, etnias, religiões e outros, contudo verifica-se que o ritmo de crescimento populacional vem diminuindo a cada ano. Este crescimento é medido através do chamado crescimento vegetativo que consiste na diferença entre a natalidade e a mortalidade e geralmente é expresso em porcentagem. Ele é considerado positivo quando o número de nascimentos é maior do que o número de mortes; por outro lado, ele é considerado negativo quando o número de mortes supera o número de nascimentos.
Em termos de distribuição, pode-se afirmar que a densidade demográfica mundial – número de habitantes por quilômetro quadrado – é concentrada e desigual, isto porque a maior parte da população mundial está concentrada no continente asiático (60% da população mundial encontra-se na Ásia).




País populoso  X  País povoado

O conceito de país populoso está relacionado à população absoluta de um território que consiste no total de habitantes de um território qualquer e que é contada a partir de pesquisas diretas com a população e projeções. Sendo assim, quando a população absoluta é bastante expressiva fala-se em país populoso, cidade populosa, entre outros.
Já o conceito de país povoado está associado à população relativa ou à densidade demográfica. Trata-se do número de habitantes por quilômetro quadrado de um território, ou seja, é a divisão da população absoluta de um território pela área deste mesmo território.
Um exemplo destes conceitos é o Brasil que possui uma população absoluta de, aproximadamente, 200 milhões de habitantes e uma área de, aproximadamente, 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Sendo assim, a sua densidade demográfica é em torno de 23,5 habitantes por quilômetro quadrado (200 milhões de pessoas dividido por 8,5 milhões de quilômetros quadrados é igual a 23,5).
Assim pode-se afirmar que o Brasil é um país populoso e pouco povoado, pois possui uma grande população absoluta e uma pequena densidade demográfica.

              Estrutura da população

 

A estrutura da população refere-se as transformações no padrão de crescimento de uma determinada população. Acredita-se que a passagem de uma sociedade pré-industrial para uma sociedade pós-industrial passou por 4 diferentes padrões de estrutura populacional, estes chamados de etapas da transição demográfica e expressos através de um gráfico conhecido como pirâmide etária.
Na primeira fase da transição demográfica o crescimento vegetativo foi pequeno, isto porque, apesar de haver uma elevada natalidade, a mortalidade era elevada devido à ausência de condições sanitárias, ocorrência de guerras, epidemias entre outros.
Na segunda fase da transição demográfica os avanços medicinais, como a produção de medicamentos e vacinas, e estruturais, como a urbanização, coleta de lixo, saneamento básico e outros, foram importantes para a redução da mortalidade e para a ocorrência do chamado “Baby
boom” ou explosão demográfica. Este momento representou a passagem de uma sociedade rural para uma sociedade industrial e foi um período de grande crescimento vegetativo.
Em um terceiro momento observou-se a queda da natalidade devido, entre outros fatores, ao planejamento familiar, inserção da mulher no mercado de trabalho e advento de métodos anticoncepcionais, e que somados à baixa mortalidade levou a um crescimento vegetativo baixo.
Na quarta fase da transição demográfica a natalidade e a mortalidade se estabilizaram em níveis muito baixos o que leva a um baixíssimo crescimento vegetativo.
Há quem defenda a possibilidade de ocorrência de uma quinta fase da transição demográfica em que o crescimento vegetativo seria negativo devido aos altos custos de vida, pois, se nas populações rurais os filhos participam no sustento da família como mão de obra na agricultura familiar, nas populações urbano-industriais os filhos geram despesas. Já é possível verificar países que vivenciam esta realidade, como a Alemanha e Itália, e as consequências deste processo como, a diminuição da PEA – População Economicamente Ativa –, a diminuição do mercado consumidor e a crise previdenciária.

A China e a Europa: dois casos distintos de baixo crescimento vegetativo

 

Quando o tema é população duas realidades distintas e singulares merecem destaque, a China e a Europa. A China por reduzir a natalidade a partir de uma política pública e países da Europa como a Alemanha e Itália exemplos da redução natural da natalidade.
Um quinto da população mundial, aproximadamente 1,5 bilhões de pessoas, concentram-se na China. Por este e outros aspectos a questão demográfica se tornou um grande desafio para o governo do país. A redução da mortalidade associada à elevada natalidade resultou em um crescimento vegetativo muito grande o que levou o governo chinês a adotar medidas de controle de natalidade. A política mais conhecida é a política do filho único surgida na década de 1970 segundo a qual os casais chineses poderiam ter apenas um filho e que caso quisessem ter mais de um filho deveriam pedir autorização ao governo.
Em outubro de 2015 o governo chinês revogou esta política antinatalista e passou a permitir dois filhos por casal. Este relaxamento do controle de natalidade deveu-se, entre outras coisas, ao reconhecimento de necessidade de ajuste na política adotada após escândalos de abortos, casos de infanticídio, abandono de crianças e queda da população em idade ativa.
Já os baixos índices de natalidade do continente europeu foram fruto de um processo natural, como a urbanização e o novo posicionamento da mulher na sociedade, que associado à baixa mortalidade acarretou em um crescimento vegetativo negativo, o que leva a um quadro de mais idosos do que jovens e adultos e tem como desdobramento uma possível crise previdenciária e sobrecarga da saúde pública.

Referência bibliográfica/sites


Atividade avaliativa

1) De acordo com dados divulgados em 2009 pelo Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP), o planeta Terra é habitado por 6,826 bilhões de pessoas. Essa população está distribuída de forma desigual pelos continentes. Nesse sentido, marque a alternativa que corresponde ao continente mais populoso.

a) África.

b) América.

c) Ásia.

d) Europa.

e) América do Norte.



2) Sobre os aspectos da população mundial marque (V) para as alternativas verdadeiras e (F) para as falsas.

a) (   ) O continente africano possui elevadas taxas de crescimento populacional, entretanto, seu contingente só não é maior em razão das baixas taxas de expectativa de vida.

b) (   ) O crescimento vegetativo da população latino-americana é, de uma maneira geral, muito baixo, pois as taxas de mortalidade infantil são elevadíssimas.

c) (  )O rápido crescimento populacional intensifica os problemas ambientais de um determinado local.



d) (    )  A população da Europa tem aumentado a cada ano, consequência da elevada expectativa de vida e das altas taxas de natalidade.



e) (   ) Quanto maior o nível de desenvolvimento de um país, maior é a expectativa de vida de seus habitantes.


3) UFRR) O envelhecimento da população está mudando radicalmente as características da população da Europa, onde o número de pessoas com mais de 60 anos deverá chegar, nas próximas décadas, a 30% da população total. Graças aos avanços da medicina e da ciência, a população está cada vez mais velha. Isso ocorre em função do:

a) Declínio da taxa de natalidade e aumento da longevidade.

b) Aumento da natalidade e diminuição da longevidade.

c) Crescimento vegetativo e aumento da taxa de natalidade
.
d) Aumento da longevidade e do crescimento vegetativo.

e) Declínio da taxa de mortalidade e diminuição da longevidade



4) A distribuição populacional não ocorre de forma homogênea. Esse fenômeno é constatado através das disparidades nos números de habitantes de diferentes continentes, países, regiões, estados e cidades. Indique a alternativa que corresponde ao país mais populoso do planeta.



a) Estados Unidos.



b) China.



c) Índia.


d) Brasil.

e) Rússia.


Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais

Para a compreensão do crescimento da população mundial é necessário uma análise estatística através de dados demográficos encontrados, por exemplo, em censos demográficos, como os realizados de 10 em 10 anos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Brasil. Acrescenta-se a isso umas análises históricas e geográficas das sociedades. Após esse conjunto de procedimentos, é possível identificar e compreender os padrões de crescimento da população, estes associados, por exemplo, à queda da mortalidade, ao aumento da expectativa de vida e outros.
Atualmente existem 7 bilhões de pessoas no mundo e uma diversidade de idiomas, culturas, tradições, etnias, religiões e outros, contudo verifica-se que o ritmo de crescimento populacional vem diminuindo a cada ano. Este crescimento é medido através do chamado crescimento vegetativo que consiste na diferença entre a natalidade e a mortalidade e geralmente é expresso em porcentagem. Ele é considerado positivo quando o número de nascimentos é maior do que o número de mortes; por outro lado, ele é considerado negativo quando o número de mortes supera o número de nascimentos.
Em termos de distribuição, pode-se afirmar que a densidade demográfica mundial – número de habitantes por quilômetro quadrado – é concentrada e desigual, isto porque a maior parte da população mundial está concentrada no continente asiático (60% da população mundial encontra-se na Ásia).
País populoso X País povoado
O conceito de país populoso está relacionado à população absoluta de um território que consiste no total de habitantes de um território qualquer e que é contada a partir de pesquisas diretas com a população e projeções. Sendo assim, quando a população absoluta é bastante expressiva fala-se em país populoso, cidade populosa, entre outros.
Já o conceito de país povoado está associado à população relativa ou à densidade demográfica. Trata-se do número de habitantes por quilômetro quadrado de um território, ou seja, é a divisão da população absoluta de um território pela área deste mesmo território.
Um exemplo destes conceitos é o Brasil que possui uma população absoluta de, aproximadamente, 200 milhões de habitantes e uma área de, aproximadamente, 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Sendo assim, a sua densidade demográfica é em torno de 23,5 habitantes por quilômetro quadrado (200 milhões de pessoas dividido por 8,5 milhões de quilômetros quadrados é igual a 23,5).
Assim pode-se afirmar que o Brasil é um país populoso e pouco povoado, pois possui uma grande população absoluta e uma pequena densidade demográfica.

Estrutura da população

 

A estrutura da população refere-se as transformações no padrão de crescimento de uma determinada população. Acredita-se que a passagem de uma sociedade pré-industrial para uma sociedade pós-industrial passou por 4 diferentes padrões de estrutura populacional, estes chamados de etapas da transição demográfica e expressos através de um gráfico conhecido como pirâmide etária.
Na primeira fase da transição demográfica o crescimento vegetativo foi pequeno, isto porque, apesar de haver uma elevada natalidade, a mortalidade era elevada devido à ausência de condições sanitárias, ocorrência de guerras, epidemias entre outros.
Na segunda fase da transição demográfica os avanços medicinais, como a produção de medicamentos e vacinas, e estruturais, como a urbanização, coleta de lixo, saneamento básico e outros, foram importantes para a redução da mortalidade e para a ocorrência do chamado “Baby
boom” ou explosão demográfica. Este momento representou a passagem de uma sociedade rural para uma sociedade industrial e foi um período de grande crescimento vegetativo.
Em um terceiro momento observou-se a queda da natalidade devido, entre outros fatores, ao planejamento familiar, inserção da mulher no mercado de trabalho e advento de métodos anticoncepcionais, e que somados à baixa mortalidade levou a um crescimento vegetativo baixo.
Na quarta fase da transição demográfica a natalidade e a mortalidade se estabilizaram em níveis muito baixos o que leva a um baixíssimo crescimento vegetativo.
Há quem defenda a possibilidade de ocorrência de uma quinta fase da transição demográfica em que o crescimento vegetativo seria negativo devido aos altos custos de vida, pois, se nas populações rurais os filhos participam no sustento da família como mão de obra na agricultura familiar, nas populações urbano-industriais os filhos geram despesas. Já é possível verificar países que vivenciam esta realidade, como a Alemanha e Itália, e as consequências deste processo como, a diminuição da PEA – População Economicamente Ativa –, a diminuição do mercado consumidor e a crise previdenciária.

A China e a Europa: Dois casos distintos de baixo crescimento vegetativo

 

Quando o tema é população duas realidades distintas e singulares merecem destaque, a China e a Europa. A China por reduzir a natalidade a partir de uma política pública e países da Europa como a Alemanha e Itália exemplos da redução natural da natalidade.
Um quinto da população mundial, aproximadamente 1,5 bilhões de pessoas, concentram-se na China. Por este e outros aspectos a questão demográfica se tornou um grande desafio para o governo do país. A redução da mortalidade associada à elevada natalidade resultou em um crescimento vegetativo muito grande o que levou o governo chinês a adotar medidas de controle de natalidade. A política mais conhecida é a política do filho único surgida na década de 1970 segundo a qual os casais chineses poderiam ter apenas um filho e que caso quisessem ter mais de um filho deveriam pedir autorização ao governo.
Em outubro de 2015 o governo chinês revogou esta política antinatalista e passou a permitir dois filhos por casal. Este relaxamento do controle de natalidade deveu-se, entre outras coisas, ao reconhecimento de necessidade de ajuste na política adotada após escândalos de abortos, casos de infanticídio, abandono de crianças e queda da população em idade ativa.
Já os baixos índices de natalidade do continente europeu foram fruto de um processo natural, como a urbanização e o novo posicionamento da mulher na sociedade, que associado à baixa mortalidade acarretou em um crescimento vegetativo negativo, o que leva a um quadro de mais idosos do que jovens e adultos e tem como desdobramento uma possível crise previdenciária e sobrecarga da saúde pública.

1) De acordo com dados divulgados em 2009 pelo Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP), o planeta Terra é habitado por 6,826 bilhões de pessoas. Essa população está distribuída de forma desigual pelos continentes. Nesse sentido, marque a alternativa que corresponde ao continente mais populoso.
a) África.
b) América.
c) Ásia.
d) Europa.
e) América do Norte.
Resposta
Alternativa correta: letra “C”.
2)Sobre os aspectos da população mundial marque (V) para as alternativas verdadeiras e (F) para as falsas.
a) (   ) O continente africano possui elevadas taxas de crescimento populacional, entretanto, seu contingente só não é maior em razão das baixas taxas de expectativa de vida.
b) (   ) O crescimento vegetativo da população latino-americana é, de uma maneira geral, muito baixo, pois as taxas de mortalidade infantil são elevadíssimas.
c) (   )O rápido crescimento populacional intensifica os problemas ambientais de um determinado local.

d)(    )  A população da Europa tem aumentado a cada ano, consequência da elevada expectativa de vida e das altas taxas de natalidade.
e) (   ) Quanto maior o nível de desenvolvimento de um país, maior é a expectativa de vida de seus habitantes.
RESPOSTA
a) Verdadeiro – Atualmente, o continente africano possui a maior taxa de crescimento populacional: 2,3% ao ano. Os países que integram esse continente apresentam as menores médias de expectativa de vida, principalmente os países da África Subsaariana.
b) Falso – O crescimento vegetativo da população da América Latina é considerado alto: 1,2% ao ano. As taxas de mortalidade infantil nessa região têm apresentado melhoras, no entanto, em alguns países, elas continuam altas. Porém, esse fato não compromete de forma significativa o crescimento vegetativo da América Latina.
c) Verdadeiro – Os problemas ambientais são agravados pelo rápido crescimento populacional, visto que o aumento no número de pessoas habitando o planeta ocasiona o aumento da exploração dos recursos naturais e, numa ótica capitalista, intensifica o consumo.

d) Falso – Alguns países europeus têm apresentado taxas de crescimento populacional negativas. A expectativa de vida da população europeia está cada vez maior, entretanto, as taxas de natalidade estão em constante declínio.
e) Verdadeiro – O desenvolvimento de um país interfere diretamente na qualidade de vida de seus habitantes, refletindo na eficácia dos serviços de saúde, acesso a água tratada, rede de esgoto, entre outros fatores.
3) UFRR) O envelhecimento da população está mudando radicalmente as características da população da Europa, onde o número de pessoas com mais de 60 anos deverá chegar, nas próximas décadas, a 30% da população total. Graças aos avanços da medicina e da ciência, a população está cada vez mais velha. Isso ocorre em função do:
a) Declínio da taxa de natalidade e aumento da longevidade.
b) Aumento da natalidade e diminuição da longevidade.
c) Crescimento vegetativo e aumento da taxa de natalidade.
d) Aumento da longevidade e do crescimento vegetativo.
e) Declínio da taxa de mortalidade e diminuição da longevidade.
RESPOSTA
Alternativa correta: letra “A”.
a)     Verdadeiro – O declínio da taxa de natalidade, aliado ao aumento da longevidade, promove uma mudança na pirâmide etária, em que a população adulta passa a se tornar maioria.
4) A distribuição populacional não ocorre de forma homogênea. Esse fenômeno é constatado através das disparidades nos números de habitantes de diferentes continentes, países, regiões, estados e cidades. Indique a alternativa que corresponde ao país mais populoso do planeta.
a) Estados Unidos.
b) China.
c) Índia.
d) Brasil.
e) Rússia.
Alternativa correta: letra “B”.
b) Verdadeiro – A China é a nação que possui a maior concentração populacional do planeta: 1.345.750.973 habitantes.




Tipos de migração


Existem vários tipos de migração, que se relacionam com elementos econômicos, sociais, culturais e até mesmo afetivos.

é o deslocamento de pessoas de uma determinada cidade, estado ou país migração internacional para outro local. Essa mudança pode ser definitiva ou temporária, voluntária ou forçada, individual ou em grandes fluxos.
As pessoas migram pelos mais distintos motivos, desde guerras, perseguição religiosa, conflitos étnicos, perseguição política e ideológica ou simplesmente porque buscam condições melhores de vida em outra localidade. Essas condições podem estar relacionadas com trabalho, estudo, saúde, bem-estar, entre outros fatores, e são os maiores motivadores para as migrações na atualidade.
Tipos de migração

·        Migração pendular: é um fenômeno que não se trata propriamente de uma migração, pois é uma transferência momentânea, diária. É caracterizada pelo deslocamento diário de pessoas para estudar ou trabalhar em outra cidade, estado ou país. Ocorre comumente nas regiões metropolitanas.

·       Transumância: nesse tipo de migração, um grupo de pessoas muda de cidade, estado ou país por um determinado período, geralmente alguns meses, e continua tendo como referência de moradia o local de origem. É o caso de trabalhadores rurais que vão todos os anos para outros estados trabalhar no corte de cana-de-açúcar, por exemplo, e, encerrado o período de colheita, retornam para seus estados de origem.

·    Êxodo rural é o deslocamento de pessoas do campo para as cidades. Essa mudança é permanente e, geralmente, ocorre porque os habitantes do campo buscam na cidade melhores condições de vida. Entretanto, essa migração pode ser involuntária, quando acontece, por exemplo, em decorrência da mecanização do trabalho no campo.

·      Êxodo urbano: é mais raro de acontecer, mas é o oposto do êxodo rural. Acontece quando pessoas que vivem na zona urbana (cidades) mudam para a zona rural (campo).

·   Nomadismo: apesar de ser muito rara na atualidade, essa modalidade de migração é caracterizada pela ausência de fixação permanente. As pessoas nômades mudam de lugar periodicamente e não estabelecem moradia fixa em nenhum lugar.

·     Diáspora: é a rápida dispersão de um grupo populacional de um território. Em geral, essa migração é involuntária ou forçada. Temos como exemplos mais expressivos a diáspora africana (ocorrida por força da escravidão colonial) e a diáspora judaica (expulsão dos judeus da Palestina pelo Império Romano).

As migrações, independentemente das classificações, possuem papel preponderante na organização do espaço, nas relações sociais e na construção da cultura. As pessoas, quando migram, carregam consigo todos os elementos que a constituíram, como sua história, memória e cultura. Ao chegar ao novo local de moradia, esses elementos interagem com a cultura e história locais e daí surgem novos e ricos tipos de relações entre as pessoas e das pessoas com o espaço vivido.

Migração interna no Brasil


Fatores de ordem econômica são os principais expoentes para a ocorrência da migração interna no Brasil.
A Migração consiste no ato da população deslocar-se espacialmente, ou seja, pode se referir à troca de país, estado, região, município ou até de domicílio. As migrações podem ser desencadeadas por fatores religiosos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos e ambientais.
migração interna corresponde ao deslocamento de pessoas dentro de um mesmo território, dessa forma pode ser entre regiões, estados e municípios. Tal deslocamento não provoca modificações no número total de habitantes de um país, porém, altera as regiões envolvidas nesse processo.
No Brasil, um dos fatores que exercem maior influência nos fluxos migratórios é o de ordem econômica, uma vez que o modelo de produção capitalista cria espaços privilegiados para instalação de indústrias, forçando indivíduos a se deslocarem de um lugar para outro em busca de melhores condições de vida e à procura de emprego para suprir suas necessidades básicas de sobrevivência.
Um modelo de migração muito comum no Brasil, que se intensificou nas últimas cinco décadas, é o êxodo rural, ou seja, a migração do campo para a cidade. O modelo econômico que favorece os grandes latifundiários e a intensa mecanização das atividades agrícolas tem como conseqüência a expulsão da população rural.
região Sudeste do Brasil, até o final do século XX, recebeu a maior quantidade de fluxos migratórios do país, principalmente o estado de São Paulo, pelo fato de fornecer maiores oportunidades de emprego em razão do processo de industrialização desenvolvido.
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No entanto, nas últimas décadas, as regiões Centro-Oeste e Norte têm sido bastante atrativas para os migrantes, pois após a década de 1970, a estagnação econômica que atingiu e ainda atinge a indústria brasileira afetou negativamente o nível de emprego nas grandes cidades do Sudeste, gerando pouca procura de mão de obra, ocasionando a retração desses fluxos migratórios. Assim, as regiões Norte e Centro-Oeste, que já captavam alguma parcela desse movimento, tornaram-se destinos da migração interna do Brasil.
As políticas públicas para a ocupação do oeste brasileiro foram determinantes para esse redirecionamento dos fluxos migratórios no Brasil. A construção de Brasília, os investimentos em infraestrutura, novas fronteiras agrícolas, entre outros fatores, contribuíram para essa nova distribuição.
O Sudeste continua captando boa parte dos migrantes brasileiros. A região recebe muito mais gente do que perde. O Centro-Oeste também recebe mais migrantes do que perde, sendo, atualmente, o principal destino dos fluxos migratórios no Brasil. O Sul e o Norte são regiões onde o volume de entrada e saída de migrantes é mais equilibrado. A Região Nordeste tem recebido cada vez mais migrante, sendo a maioria proveniente do Sudeste (retorno), porém, continua sendo a região que mais perde população para as demais.

ATIVIDADES AVALIATIVAS

1 O deslocamento diário de pessoas para estudar ou trabalhar em outra cidade, estado ou país não se trata propriamente de uma migração, pois é uma transferência momentânea. Ocorre comumente nas regiões metropolitanas.
A que movimento migratório refere-se o fragmento acima?
a) nomadismo
b) transumância
c) diáspora
d) êxodo urbano
e) migração pendular

2 Sobre o êxodo rural, julgue as proposições a seguir:
I) O êxodo rural é o deslocamento de pessoas do campo para as cidades.

II) O êxodo rural é um movimento migratório unicamente voluntário, sempre motivado pela vontade das pessoas que migram.

III) Em geral, o êxodo rural ocorre porque os habitantes do campo buscam na cidade melhores condições de vida.

IV) As pessoas que vivem no campo optam por morar nas cidades para ter acesso a serviços de educação, saúde, saneamento básico e lazer.

Estão corretas as alternativas:
a) II e III.
b) I, III e IV.
c) I, II e III.
d) Todas as alternativas.
e) Apenas a alternativa IV.

3 Acerca da transumância, estão corretas as afirmativas a seguir, exceto:

a) No Brasil, esse deslocamento é comum entre o Sertão Nordestino e a Zona da Mata.

b) É um movimento sazonal que é determinado pelas estações do ano.

c) Nesse tipo de migração, um grupo de pessoas muda de cidade, estado ou país permanentemente.

d) O deslocamento, em geral, dura alguns meses, mas o migrante continua tendo como referência de moradia o local de origem.

e) É o caso de trabalhadores rurais que vão todos os anos para outros estados trabalhar no corte de cana-de-açúcar, por exemplo, e, encerrado o período de colheita, retornam para seus estados de origem.

4 O deslocamento expressivo de habitantes da África ocorrido por força da escravidão colonial foi um tipo de migração que se caracterizou pela rápida dispersão de um grupo populacional de um território. Esse movimento migratório é conhecido como:

a) êxodo urbano

b) transumância

c) migração pendular.

d) diáspora

e) nomadismo

5 Como é caracterizado o processo de migração? Destaque os principais motivos responsáveis por esse fenômeno no Brasil.


6 No território brasileiro, uma modalidade de migração muito comum é o êxodo rural. Caracterize esse processo e aponte as suas conseqüências.  

Neste século, durante as décadas de 60 e 70, a migração interna no Brasil assumiu a direção campo-cidade. Entretanto, nas últimas décadas passou a ganhar destaque a migração cidade-campo, num movimento cotidiano que envolve milhares de trabalhadores.
Tendo em vista as duas modalidades de migração apresentadas, explique:

a) dois fatores que promoveram (e ainda promovem) a migração campo-cidade;

b) como se realiza a migração cidade-campo.

7 O Sudeste brasileiro foi durante muitos anos a região brasileira que mais recebeu migrantes, no entanto, nas últimas décadas esse cenário mudou, atualmente a região Centro-Oeste é o principal destino para os fluxos migratórios. Essas regiões recebem migrantes de várias partes do Brasil. O complexo regional brasileiro que é a principal origem de emigrantes (que saem) é:

a) Sudeste

b) Centro-Oeste

c) Norte

d) Sul

e) Nordeste

8 Migrações pendulares são:

a) movimentos da população rural em direção aos grandes centros urbanos.

b) deslocamento maciço de populações urbanas em direção ao campo.

c) movimentos ligados a atividades pastoris.

d) movimentos diários de trabalhadores entre o local de residência e o local de trabalho.

e) troca de imigrantes entre as grandes regiões.
 
9 A região que forneceu o maior contingente de colos-imigrantes para a ocupação da fronteira agrícola, no Mato Grosso, Rondônia e Acre, durante os anos 70 e 80, foi a:

a) Norte

b) Nordeste

c) Centro-Oeste

d) Sul

e) Sudeste 

FRANCISCO, Wagner de Cerqueria e. "Migração interna no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/migracao-interna-no-brasil.htm. Acesso em 21 de março de 2020.

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